- sabe-se pouco sobre o assunto;
- pretende-se algo de muito substantivo e difícil de obter (uma educção para todos os alunos);
- está-se a intervir num campo de grande complexidade( o que implica conhecimento, ponderação e debate);
- não é aceitável que avaliação do desempenho de cada professor seja feita sem acautelar questões éticas basilares.
Em que consiste a profissionalidade docente?
Uma das maiores dificuldades na área da formação dos professores é a ausência de um modelo abragente da formação que se constitua como uma matriz de referência global sobre , o que é a escola, o que se espera do professor e do processo de ensino e de aprendizagem nela realizado; sobre como é que o professor aprende a ensinar, e sobre como é que o conhecimento por ele adquirido é usado na sua prática profissional.
Esta matriz global seria um referencial comum que estabeleceria critérios para definir prioridades quanto aos conhecimentos e capacidades a deter pelo professor, quanto às atitudes e aos valores desejáveis, que poderiam servir de orientações para o desenvolvimento e avaliação dos programas de formação, como a avaliação, orientação e melhoria do desempenho docente.
Quais são as marcas da profissionalide docente?
A profissionalidade docente não pode dissociar-se dos contextos onde se concretiza, nomeadamente do quadro das perspectivas que uma dada sociedade tem para o seu sistema escolar, do quadro dos valores, conhecimentos, crenças e rotinas que correspondem ao modelo de comportamento profissional estabelecido pelo grupo profissional, das funções efectivamente executadas diariamente pelo professor na sua sala de aula e na sua escola e também da organização escolar que é responsável pelo desenho dos cenários onde decorre a actividade do professor.
- a dimensão profissional, social e ética de acordo com a qual o professor promove aprendizagens curriculares, fundamentando a sua prática profissional num saber específico resultante da produção e uso de diversos saberes integrados em função das acções concretas da mesma prática, social e eticamente situada;
- a dimensão de desenvolvimento do ensino e da aprendizagem, segundo a qual o professor promove aprendizagens no âmbito de um currículo, no quadro de uma relação pedagógica de qualidade, integrando critérios de rigor científico e metodológico;
- a dimensão de participação na escola e de relação com a comunidade, uma vez que o professor exerce a sua actividade profissional no âmbito das diferentes dimensões da escola como instituição educativa e no contexto da comunidade em que esta se insere;
- a dimensão de desenvolvimento profissional ao longo da vida, sugerindo que o professor incorpore a sua formação como elemento constitutivo da prática pedagógica.
Avaliação do Desempenho Docente
Avaliar o desempenho dos professores é um processo que implica a observação, a descrição, a análise, a interpretação da actividade profissional para tomar decisões relativas ao professor de ordem pedagógica, administrativa, salarial, ou outras.
Esta avaliação é feita através da observação da sua actividade no local de trabalho se, e em que medida, os professores adquiriram e desenvolveram as competências consideradas como integrando os itens da avaliação já mencionados.
Fases do Processo de Avaliação
O processo de avaliação processa-se de acordo com as seguintes fases:
1. Preenchimento da ficha de auto-avaliação;
2. Preenchimento das fichas de avaliação pelos avaliadores;
3. Validação das propostas de avaliação;
4. Realização de entrevista individual dos avaliadores com o respectivo avaliado;
5. Realização da reunião conjunta dos avaliadores para atribuição da avaliação final.
A diferenciação é assegurada pela definição de patamares de exigência centrados na fixação de percentagens máximas para a atribuição das classificações de Muito Bom e Excelente, por agrupamento ou por escolas.
6 comentários:
Muito bom dia colegas,
Vou deixar a minha opinião sobre a este tema tão polémico.
Em primeiro lugar digo-vos que sou a favor da avaliação dos professores.Avaliar é sempre difícil e nós próprios sabemos quanto nos custa avaliar os nossos alunos e, quantos vezes não cometemos injustiças, quantas vezes não nos sentimos mal por acharmos que não é justo o que estamos a fazer, mas olhando para o grupo turma, não um só aluno, precisamos de comparar, ponderar e, do mal o menos, lá atribuímos a avaliação.Tem sido muito cómodo a avaliação feita até aqui,o que na minha opinião era bem injusta. Agora, de repente, somos confrontados com um modelo avaliativo exagerado, preconceituoso e, também ele injusto. Então é urgente e importante começarmos por lutar contra "alguns"
constrangimentos como: o número de alunos por turma;pela excessiva carga horária que os alunos têm, sobretudo no 1.º Ciclo; e tantos outros...
Os critérios da avaliação são dúbios e atribuem aos professores responsabilidades que cabem ao estado e às próprias famílias!
Acredito que a Escola,juntamente com a fam�lia e a sociedade, tem a fun�o de formar cidad�os activos e seres mais humanos.
Segundo Mário Nogueira"A supressão de observação a aulas é uma alteração à lei, que obriga que já este ano sejam assistidas duas aulas por professor. Ora para a ministra proceder a uma alteração da lei, têm de o fazer forçosamente em articulação com os sindicatos, o que não aconteceu neste caso".
Ser� que existe respeito pelos professores? Ser� que a viol�ncia surge em contexto escolar e familiar? Ent�o qual o motivo para desresponsabilizar a fam�lia em rela�o � educa�o escolar!
A Avaliação de Desempenho de Professores não visa a avaliação real dos docentes, tem sim como objectivo medidas economicistas.Ela representa um entrave à progressão na carreira o que automaticamente implica que cada professor não avance de índice e logo o salário se mantenha o mesmo durante anos.
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